terça-feira, 29 de junho de 2010

mal passado

gosta de cru?
então vá toma no (complete você mesmo).

Henrique Rímoli

segunda-feira, 28 de junho de 2010

mascaras

"Abre os olhos pra ver o mundo Tudo é novo para os teus olhos novos" ( Herbert Viana)

é nesse pensamento que me desapego com certa decepção
daqueles que eu tinha como aliados,
mas eu troco o D pelo R e agora tenho recepção
é com esse olhar que recebo,
aqueles que eu tinha um pré - conceito
e não me deixavam quebra-lo,
hoje tenho mais claro e foi a partir da mascara neutra
que as mascaras cairam,
pois na neutralidade que a gente se revela
o que me mostraram é o que eu não quero receber,
não tenho rancor nem mágoa
é só uma decepção,
mas foi bom pois abri meus olhos
pra outros olhares.

Henrique Rímoli

sexta-feira, 25 de junho de 2010

lembranças

Era uma noite como a de hoje fazia frio mas não ventava, era o clima que mais adorava, pegou uma blusa fina e levou nos braços até a varanda, sentou-se na velha cadeira de balanço herança de seu avô, foi vestindo a blusa ao mesmo tempo em que admirava as estrelas, tentou achar as três marias quando estava quase achando teve que passar a blusa pela cabeça, começou a se balançar e se lembrar do dia que tinha vivido, o que comeu, por onde correu, aonde foi, e onde deixou de ir,
lembrou-se do que mais a fez rir, quando seu cachorro correu atrás do próprio rabo, adorava quando isso acontecia e o pior é quando ele para de correr sempre bate a cabeça em algum lugar de tão tonto que fica, riu também de tanto que se divertiu tomando banho de rio, riu da cara da professora que tropeçou na vassoura, e pois-se a rir tudo de novo até o sono chegar, quando ele chega é hora de deitar, sem muito mais o que pensar terminou de arrastar seu corpo sonolento pra dentro de seu quarto repousou seu corpo na cama e embarcou no mundo dos sonhos.

Henrique Rímoli

quarta-feira, 23 de junho de 2010

sono

o cansaço me toma a mente
o corpo também sente,
preciso deitar
mas ao mesmo tempo quero ficar,
pra fazer sei la o que
seja la o que for que eu tenha que fazer
no mínimo deve ser melhor que dormir,
afinal por que meu corpo não gostaria de ir?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Diálogos apaixonados III

-Cade minha buzuzunga?, minha pequerrucha?
minha telecoteca?, minha tititilinha?minha vuvuzela?
cade minha potoquinha?,minha jabulani? minha coisinha mais fofinha?
- TA NA PUTA QUE TE PARIU!


Henrique Rímoli

Diálogos apaixonados II

- ai amor sabe o que eu queria de dia dos namorados?
- Z z Z z Z z


Henrique Rímoli

Diálogos apaixonados

- Oi amor
-Oi!
- vem pra cá ja esquentei teu lugar na cama
- ja vou, espera um pouco
- to esperando de camisola
- PORRA CARLOS E EU VO VESTIR O QUE?

Henrique Rímoli

que que há? bô

uma vez que me faltou o caviar
comi quiabo,
e sua baba me faz enjoar até hoje.


Henrique Rímoli

teu.

tuas mãos me percorrem
teus olhos me desejam
teus lábios me chamam
teus braços me cercam
teu corpo inteiro me toca
teu desejo me devora
e eu sinto
recebo tudo
e retribuo na mesma moeda.

Henrique Rímoli

sábado, 19 de junho de 2010

teu nariz

as vezes meter o nariz onde não é chamado
faz ele ficar ferido,
não que eu esteja rindo
nem tão pouco triste pelo ocorrido,
cada um sabe onde mete seu nariz
ou a palavra que diz,
pode ser como caneta que finca sua tinta e fica
ou algo que apague como o giz,
pegue o que quiser pra desenhar
e circule o umbigo,
dentro do circulo você verá seu universo
aqui o ambíguo vem em verso,
nada te peço
nem dou,
apenas não sinto
pois já passou.

Henrique Rímoli

sexta-feira, 18 de junho de 2010

entendência

do nosso amor eu entendo,
diferente de nós
ele nasceu , cresceu
e não morre.

Henrique Rímoli

Do mesmo Nexo

era tanta igualdade a não ser pela idade
um verão de diferença se firmou,
era tanta igualdade a semelhança na imagem
duas formas esculpidas pelo amor.

Deusa de Vênus fez desabrochar todo nosso amor
e nós é tudo que sou.

era tanta igualdade a começar pela vontade
quando nosso olhar se cruzou,
e a nossa vantagem é a nossa igualdade
o mesmo eixo que nos encontrou.


Henrique Rímoli

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Eu, Você...

eu você somos iguais até nas diferenças,
somos um na unidade do plural,
somos confete e serpentina num baile de carnaval,
eu, você somos diferentes até na igualdade,
chatos apesar da idade,
morremos por sentir saudade,
eu, você,
somos um
somos singular,
eu, você,
somos dois corpos que ocupam o mesmo lugar.

Henrique Rímoli

quarta-feira, 16 de junho de 2010

leve sol

o sol vai descendo anunciando o fim do dia,
o ceu alaranjado enfeitado por nuvens coloridas,
a lua na outra ponta ja desponta pra noite entrar,
um ciclo diario,
o dia a noite,
o sol a lua,
o escuro as cores,
as vidas os amores,
tudo termina e recomeça a cada piscar de olhos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ana se banha

ana brincava com a bolhas que subiam enquanto esfregava seu corpo com a bucha,
soprava cada bolhinha até que elas alcançassem o teto e explodissem,
ana se esqueceu do mundo e que no fundo era só isso que ela queria,
sorrir e ter nos olhos essa alegria,
não o sabão que na sua retina ardia.

Henrique Rímoli


segunda-feira, 7 de junho de 2010

espaços

na minha cama sobra um espaço
no meu corpo sobra um abraço
nesse frio meu corpo pede teu calor
na solidão meu corpo pede teu amor
chegará o dia em que a despedida
nunca mais será vivida.

Henrique Rímoli

domingo, 6 de junho de 2010

toca

eu errei,
deveria ter me recolhido
e nunca ter ido,
eu cedi,
mas logo me retrai
e voltei pro meu abrigo,
daonde nunca deveria ter saido.

Henrique Rímoli

quinta-feira, 3 de junho de 2010

resto no rosto

me resta no rosto o restinho dos raios de sol
prolongando o quentinho do beijo seu.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

9:32 am

dois corpos horizontais
eu você
e nossos olhares,
eu te preciso
você me completa
eu te aperto
e você indecisa
não sabe se acerta
eu complemento
e te observo
você ainda estática
me pergunta
que horas são?

Henrique Rímoli

terça-feira, 1 de junho de 2010

lá pis

uma simples luz acesa
um caderno e lápis sobre a mesa
pensamentos que tentam sair
outros que teimam em ficar
o lápis fica parado
eu fico parado
meu cérebro é um turbilhão
mas minha mão não
essa esta parada
são tantas idéias
que ela não sabe por onde começar
nem se deve
seria melhor se as idéias fossem sozinhas pro papel.

Henrique Rímoli