domingo, 30 de maio de 2010

meus pensamentos se re-arranjaram
após uma conversa
com varias pessoas
o foco, o objetivo ou o que quer que seja
clareou-se,
saiu de trás daquela névoa
que teimava em embaçar meu caminho,
hoje tudo está calmo dentro de mim,
e o que vem de fora pra me tirar do eixo
eu transformo em combustível
que me leva pra frente,
agradeço pela névoa
ela me mostrou que eu estava certo.

Henrique Rímoli

ciclos
ciclos
ciclos
ciclos
a vida é um ciclo
acorda
dorme
acorda
dorme
acorda
dorme
começa semana
termina semana
e ai começa de novo
começa o mês
termina o mês e ai
começa de novo
começa o ano
termina o ano
e ai começa de novo
até o dia em que
terminamos o nosso ciclo
maior de todos
e ai começos de novo.

Henrique Rímoli

quarta-feira, 26 de maio de 2010

é meu ponto de partida
meu inicio de vida,
me entende num olhar
me toca com seu calor,
sabe quando me abraçar
pra me acalmar do que for,
tem por mim o mais belo e verdadeiro amor,
fomos ligados pelo cordão
hoje usamos o coração,
minha metade, meu complemento,
minha segurança, meu acalanto
sem você
meu mundo só seria pranto.

Henrique Rímoli

terça-feira, 25 de maio de 2010

filho neto

sou neto do filho
e filho do neto,
do hereditário
sou a contradição,
com meu nome quebro a tradição,
sou Henrique não sou João,
trago do filho a lembrança a recordação,
do neto a rigidez a educação,
dois João
ambos com imenso coração,
um Campos Filho
outro Campos Neto,
do neto sou filho,
do filho sou neto,
do filho trago gardel
do neto trago chico,
enrolo como carretel
a saudade que trago do filho,
o filho eu chamo de vô
na sua boca eu era o pretinho,
sou branco na certidão
mas sou preto por carinho,
o neto eu chamo de pai
na sua boca eu sou filho,
a saudade é de tudo que vai
tomando outro rumo pelo caminho,
queria poder estar perto do filho,
que me chamava de neto
estou perto do brilho nos olhos do neto
que me chama de filho,
do neto sou filho
do filho sou neto,
sou a quebra a contradição,
não sou joão no nome
mas de coração.


Henrique Rímoli




reverberar
re.ver.be.rar
(lat reverberare) vint 1 Brilhar, em virtude da reflexão da luz; resplandecer: Os reluzentes metais reverberavam. vtd, vti evpr 2 Refletir(-se): A areia da praia reverberava os raios solares. Em seus olhos reverberava uma penetrante inteligência. Cálidas paixões se reverberavam naquele rosto.

a palavra cansou atingiu seu estado de putrefação, foi gasta até não poder ser mais,
reflete a falta de imaginação, e o gosto que ficou pra trás.

Henrique Rímoli


segunda-feira, 24 de maio de 2010

pra mim não dói levar alfinetadas
não sei você esta vendo,
são cutucadas desnecessárias
só queria que ficasse sabendo.

Henrique Rímoli
eu escolhi meu caminho
e quem comigo caminha,
sei que não estou sozinho
pelo contrario tenho a melhor companhia,
com ela vejo todo SENTIDO
e sigo sem receio,
somos barco e somos mar,
somos o todo
e tudo mais que há,
o complemento, o anexo,
o côncavo e o convexo,
eu te completo pois você
é minha metade,
minha necessidade,
a minha maior vontade.

Henrique Rímoli



quarta-feira, 19 de maio de 2010

na cadencia

vamos assim
na cadencia
renovar o nós
suturar os vãos
agregar as mãos
retomar os laços
deixar de bobeira
e seguir sorrindo

Henrique Rímoli

terça-feira, 18 de maio de 2010

ensinamentos

"coce o saco por cima da calça, é mais sincero do que coçar por dentro do bolso"

"palite o dente sem a mão na frente, assim você só engana a si mesmo"

"se peidar não pergunte primeiro quem foi, isso é se auto-acusar"

"se quiser ir no banheiro vá, não fique dançando isso é ridículo"

"se você gostou fale, se não gostou guarde pra você"

"ouça sua mãe e não discuta, ela tem um pacto com são pedro"

"na verdade Deus criou a terra em 6 dias, e descansa até hoje"

"uma pedra atirada não volta atrás, a não ser que seja uma pedra bumerangue"

"um raio não cai 2 vezes no mesmo lugar, mas outro raio cai"

Henrique Rímoli

dialogos

-oi?
-oi!
-você tava no barzinho dali da frente outro dia?
-tava sim pq?
-ah é que eu passei e te vi, rsrs
-pois é, era eu mesmo
-po legal, vamos la qualquer dia? parece ser maior legal la!
-é, é sim
-e então vamos?
-opa, tenho que ir a gente se fala depois, bjo tchau!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

-oi
-oi, tudo bem?
-tudo e você?
-to bem também, estava te olhando de longe e decidi te recitar uma poesia posso?
-pode
-é assim, "tchurururu jogou teu charme em mim,
tchurururu não resisti to afim,
tchurururu mexeu com meu coração,
tchururururu como é gostosa a paixão", e ai gosto?
-claro , amei.

se fosse antes eu entraria numa disputa internética ridícula,
mas hoje não,
prefiro levar de um jeito que não reverbere nada,
as palavras ditas não voltam atrás,
mas podem ser cobertas por outras,
se gentileza gera gentileza,
a falta dela não gera em mim a semelhança e sim o avesso,
o contrario, o oposto, aquilo que somos por agora.

Henrique Rímoli

sábado, 8 de maio de 2010

madrugada

a lua desponta no céu
daqui eu vejo a escuridão
se romper com os doces raios lunares,
poucas nuvens
muitas estrelas,
amanhã faz sol!
mas agora a lua é soberana,
me lembra que tenho que ir pra cama
amanhã cedo o dever me chama,
eta lua bacana,
madrugada fria
é bom passar de conchinha,
madrugada quente
é bom de passar com bastante gente,
madrugada
vai embora na alvorada,
só percebemos o valor dela,
quando nos tiram as horas de sono
mas quando estamos acordados
demora a passar,
se a noite é uma criança
ela vem pra alegrar,
madrugada
nunca mais vou me deitar.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

eu me vejo perdido
entre caminhos,
que pré conheço,
outros que conheço e outros que não conheço,
infelizmente não posso me repartir
e me juntar no final,
(re)compor as partes
e permanecer igual,
a vida é feita de escolhas,
escolha ou será escolhido,
escolha ou será engolido,
a vida te da opções,
você age de acordo com a sua vontade
mas afinal o que te move?
ou o que te modifica?


domingo, 2 de maio de 2010

poderia ser só,
só assim na cadencia,
um olhar e a distancia
do que a gente nem percebeu,
eu você, você e eu,
girando em direção ao sol
deixando de ter aquele sentimento só,
parar e desatar o nó da complicação
sentir o sol daquela canção,
dançar e respirar azul
sentindo o vento leve que nos leva pro sul,
migrando para um novo ninho,
voar é bom
quando não se está sozinho.

tudo jogado por ai

sou suspiro
sou afago, sou seu riso
seu olhar calmo,
a cor ou a flor da pele
não importa nem repele,
tudo depende das horas,
e do momento que antecede,
não quero, ou quero?
espero
é melhor, ou pior,
na duvida me calo,
ou melhor na duvida eu falo,
clamo, peço, grito,
estático fico,
me viro e tudo é infinito
num piscar de olhos
o tempo passa
e nada do que eu faça
destrói essa vidraça
ou tira sua carapaça,
quero que você transpareça
que nosso afago cresça
ou que afogue nossa crença
pois não somos mais crianças.

sábado, 1 de maio de 2010

vento forte,
abraço frio,
o teu sorriso se fundiu com o mesmo céu que clareou
o coração que se partiu,
a boca seca,
a perna treme,
o teu olhar perene me pedindo aquele bom
sorvete de creme,
o vento seco,
o abraço treme,
o teu sorriso perene se fundiu com o mesmo céu
do coração de creme,
a boca forte
a perna fria
o teu olhar se fundia me pedindo aquele bom
sorvete que se partia