domingo, 26 de dezembro de 2010

findamos o ano

o ano esta terminando,
e acabou minha temporada em são paulo e por essas bandas internéticas,
amanhã o rumo é visconde de mauá, virar o ano com amigos e também longe
dessa loucura toda que é a virada do ano por aqui, a familia fica por aqui, não da pra estar em 2 lugares ao mesmo tempo, mas eu decidi ir mesmo com esse aperto que me da agora,
o ano foi longo mas passou rápido, vivi muitas coisas, conquistei muitas coisas, perdi outras,
mas não me arrependo de nada, como diria robertão "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi", rsrs, e eu espero que ano que vem muitas outras emoções eu possa viver,
pois eu quero tudo, que não me falte nada e que nada me venha pela metade.

Henrique Rímoli

sábado, 25 de dezembro de 2010

Feliz natal

hoje tive uma conversa com meu pai, na verdade foi um monólogo dele,
e eu fiquei ouvindo aquelas palavras, aquelas frases,
coisas sobre arte, sobre o artista, como ele disse era uma conversa de artista
para artista, rsrs, foi bonito ele se emocionou, eu me emocionei,
mas me deu uma pontada aqui dentro, que porra, meu pai tem potencial
pra ser um grande artista, seja artesão ou musico, porque ele é os dois,
mas infelizmente hoje a arte pra ele não é um hobby é mais que um simples passa tempo,
como ele disse hoje o artista é movido pelo coração, ele anda em nuvens, o artista é um impulso,
e se hoje eu sou o que sou, e não sou nada, mas ja sou alguma coisa isso tudo eu devo ao meu pai,
que me deu uma boa base, pra eu entender a arte, gostar da arte, viver de arte, e ser um artista.

esse foi meu maior presente de natal de todos.

Henrique Rímoli

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

natal parte 3

- amooor
-oi
- feliz natal toma seu presente
-cade
-sou eu
-uhuul, papai noel sabe das coisas.

Henrique Rímoli

natal parte 2

- amooor
-oi
- feliz natal toma seu presente
-cade
-sou eu
-qual loja que você comprou que eu quero trocar.

Henrique Rímoli

natal

- amooor
-oi
- feliz natal toma seu presente
-cade
-sou eu
-preciso ter uma conversa SÉRIA com papai noel.

Henrique Rímoli

voltar.

eu decidi ir,
ir sem ressentimentos,
mas levo nas lembranças
a saudade dos bons momentos,
eu decidi não ficar,
eu preciso não ter que te querer
pra poder respirar,
eu decidi pois era preciso,
pois eu quero meu sorriso
não quero mais esse triste ar,
eu decidi,
mas ja querendo voltar.

Henrique Rímoli

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Aurora

Só você não viu quanta aurora,
Eis a hora que você me beijou
Só você não viu,
Ir embora
mundo afora o que um dia me partiu
e você sorriu, um gosto de amora fincou na dor
Vim pra ser o que sou

Só você não viu quanta aurora,
Eis a hora que você me beijou
Só você não viu,
Ir embora
mundo afora o que um dia me partiu
e você sorriu, um gosto de amora fincou na dor
Tão livre pra ser o que sou

sendo assim sem demora
pra me sentir
Como agora tão sem fim
tão melhor, o maior sobre mim
Tão feliz que sou.
Só resta a mim cantar o amor.

Dani Black

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Digo.

assim sou eu,
digo,
assim estou eu,
mergulhado entre o sim e o não,
vivendo na incerteza do bem querer
e o não te quero,
digo,
não da pra te querer,
assim estou eu,
digo,
assim eu sou,
uma inconstante,
uma duvida,
digo,
ha quem duvida,
quer dizer,
nem eu sei,
mas assim estou eu,
digo,
esse sou eu,
pelo menos agora.

Henrique Rímoli

eu e você


se desenrole
do meu lençol e me devore
venha comigo nesse show
vamos fazer o que é bom
eu e vc nesse colchão

e me envolve
com teu calor que me dissolve
nós dois aqui nesse colchão
tua boca, nuca, pele, mão
desafogando a solidão

eu e vc
não pode ser
não posso crer

Henrique Rímoli

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

espumas ao vento

sem querer ela tomou tanto sentido

que é impossível não lembrar dos seus traços

a cada verso dessa musica.


mas se eu fosse você eu voltava pra mim de novo.


Henrique Rímoli

domingo, 19 de dezembro de 2010

muda nua

saiu batendo a porta
dizendo que me queria morta,
saiu berrando aos 4 cantos
sorriu e me deixou aos prantos,
levou embora minha felicidade
me deixando ardendo em saudade,
levou minha vontade,
a vaidade,
só não me levou me deixou aqui,
nua de tudo,
me deixou aqui,
muda num silêncio profundo.


Henrique Rímoli

sábado, 18 de dezembro de 2010


só gente estranha.

só a gente riu
dessa nossa história estranha.

Henrique Rímoli

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

sem laços ou asas.

já não tenho laços

e minhas asas se apertam pra voar

o que me sobrou de ti eu desfaço

no caminho de pedras que tenho pra trilhar

toda imensidão dos fatos

toda desilusão do amor

nada se leva para o eterno

a eterna busca incessante de outra cor

leveza eu levo no olhar

tristeza é parte do corpo

alegria ainda demora a chegar

é barco a naufragar sem porto

me apronto e me lanço ao fundo

num fraco afronto interno

diante de todo o mundo

inerme de medo me enterro

e minhas asas agora se recolhem

no meu pousar eterno.


Henrique Rímoli

daquilo que vivi.


Viver um circo...

Andar na corda bamba.
Sentir-me pendurada em um trapézio.
Viver rodeada por leões e cobras...
Conseguir dar meus pliés e sautés,
chorando e sorrindo.

Não há...

equilibrista, malabarista,
mestre de pista, nem trapezista...
que me faça sentir
o que o palhaço me faz!

Te amo.

Um pouco daquilo que ja pertenceu a mim, e que veio de outro alguem.

Henrique Rímoli

daquilo que vivi.

H.


te vejo daqui,desfocado pelo azul que se põe nas tuas costas,oscilando entre o querer e a querência de um amor e uma carência.e entre todos esses seus bules e xicaras,as colheres continuam contando seus segredos e suas minimalisticas malicias.e o que arrasta a noite pros pés da cama,traz teu borbulhar de barulhinhos escondido num desses cantos,mais uma vez azuis.

eu fico aqui nesse silêncio,desviando das tuas perguntas,sem deixar sair de mim o que se expressa em vontade.


Um pouco daquilo que ja pertenceu a mim, e que veio de outro alguem.

Henrique Rímoli

daquilo que vivi.

eu nao quero mais saudades
eu nao quero mais distancia
eu te quero do meu lado
do agora a eternidade
nao me importa nada
nem velhos amores
nem a nossa idade
nao me importa o passado
se o futuro ao teu lado
se tornar realidade
o que me importa é teu sorriso
é tua felicidade
apenas nos dois
e nada mais de saudade


Um pouco daquilo que ja pertenceu a mim, e que veio de outro alguem.

Henrique Rímoli

daquilo que vivi.


Me ganhar de amor,
Me abrir sorrisos frágeis
Cair de corpo e alma cor,
em tuas mãos ágeis
Sair cantando a lua,
e na sua porta,bater nua
crua,como o vento.
No final de setembro
Eu quero mais é me doar,
ganhar,perder,sangrar,
Como o vento batendo no rosto,
e fazer do teu peito,encosto.'
como uma brisa leve
quero q teu peito me carregue

Um pouco daquilo que ja pertenceu a mim, e que veio de outro alguem.


Henrique Rímoli

daquilo que vivi.

o doce da voz te encanta
e o que me encanta é te encantar
minhas palavras nem sempre são minhas mas são sempre para alguém
sorrisos que parecem acordes de música
me acordam para a música que vida faz
e quem canta é sempre o tempo

Um pouco daquilo que ja pertenceu a mim, e que veio de outro alguem.



Henrique Rímoli

daquilo que vivi.

As vezes

As vezes, penso que eres igual

Eu cara, tu coroa

Tu se tornou algo especial

Eu concordo e logo descordo

As vezes posso ser chata e provoco

Me insinuo? Não, só gosto de jogar

Sei que nada vai passar do limiar

As vezes, ficas insuportável

Selos, descaso, implicância

Algo deve ser provável

Menino-homem, brincadeira de criança

Entedi tudo isso? Não

Entre jeitos, discordâncias

Dentre um jeito ou de outro, juntos

Mesmo querendo distancia.


Um pouco daquilo que ja pertenceu a mim, e que veio de outro alguem.


Henrique Rímoli

Eu, metaforicamente, falando de você.

O vapor quente do café

O meu bocejo mais longo

Da minha oração, a fé

Da minha felicidade, o sonho

Da minha música, o acorde tenso

Do meu desenho, o primeiro traço

Do logo existo, o penso

Da ratoeira, o rato

Da minha poesia,o título

Do meu fósforo, o fogo

Da minha vida, o rito

De que tudo que é bom, dura pouco...


Um pouco daquilo que ja pertenceu a mim, e que veio de outro alguem.


Henrique Rímoli

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

pronto

estou ao ponto de estar pronto pra você,
agora estou certo que olhando de perto
a gente não vai se perder
embora possa ter qualquer semelhança com outro amor,
as doses intensas dos clichês apaixonados,
as juras de amor rasgado,
um eu com teu suor no meu corpo impregnado,
tudo é novo e repetitivo
desde as frases de amor ao pé do ouvido
até as brigas e o coração partido,
tudo é igual com um Q de novidade,
a dor amarga da saudade
um abraço dado com vontade,
estou ao ponte de estar pronto pro que der e vier,
pois eu sei que a gente não vai se perder.


Henrique Rímoli

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ponto.

pensamento oculto
a face calada
dos lábios não saem quase nada,
somente suspiros
e anseios,
os olhos fechados pro que há de vir
e pra quem não me fará sorrir,
não quero nada
além de ser feliz,
a vida é curta pro amor
e a face oculta da dor
me força a ter o pé atrás,
até o ponto que não de mais
e ai ou é
ou ja deixou de ser,
e se ja deixou de ser
não faz mais sentido querer estar,
e se for pra ser
é pra nunca mais largar,
esse meio termo
é lugar difícil de estar
é melhor por ele nem passar,
e partir direto pro ponto
seja ele de inicio ou final.


Henrique Rímoli

domingo, 12 de dezembro de 2010

daquilo que vivi.

1 ano.
acabou o primeiro ano e nada foi fácil,
se eu sorri foi por puro prazer, sabe aquele tesão que você tem de fazer algo que você goste?
meu sorriso era isso,
mas também não digo que foi só sorriso,
eu bravejei muito esse ano,
perdi horas de sono,
desgastei meus dentes,
quis esganar alguns pescoços,
mas "tem sempre alguem olhando",
e essa frase me conforta, e então eu foco,
foco no trabalho, foco na diversão,
naquela seriedade do trabalho sem perder o prazer,
na honestidade de cada coisa,
eu foco,
pois nesse ano que ja passou eu vivi, e vi muita coisa,
eu voltei a ter 2 anos,
eu escrevi uma história que não era minha e agora é,
aprendi varias histórias de gente importante,
eu vivi as cores, as matérias, os elementos, as palavras,
fiz movimentos, eu fui uma batedeira,
eu vi o pôr do sol, eu subi a montanha, batatinha frita 1 2 3,
eu dei cambalhotas, saltos, a tapa, dancei trupé, gravei um cd num estúdio,
manipulei um lençol, eu fui gordo e pai de um negão bem maior que eu, fui magro e andei a cavalo, confeccionei uma mascara, confeccionei duas mascaras, confeccionei um boneco também,
bueno,
um ano é difícil resumir,
mas ta tudo aqui,
tudo fresquinho,
tudo pronto pra ser usado,
mas pra ser usado com honestidade.


Henrique Rímoli

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

amor contra indicação.

amor em conta gotas,
administrado em doses homeopáticas
amor pra se ter aos poucos
e viver em doses dramáticas,
amor sem receita
e com um pouco de contra indicação,
passível de efeito colateral
possível afetar o coração.

Henrique Rímoli

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

mu(n)do

a cada dia,
meus braços crescem mais um pouquinho,
daqui a pouco,
eu vou conseguir abraçar o mundo.

Henrique

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

entre xícaras e bules.

as xícaras são chiques,
já o bule é meio ralé.
a xícara precisa de um pires,
já o bule usa o que tivé.
quem pega a xícara levanta o dedinho,
quem pega o bule fica de pé.
quem toma na xícara faz biquinho,
quem toma no bule normal não é.

Henrique Rímoli

finda

é de lagrimar todo fim que a vida traz,
fim de tudo
finda o mundo,
fim da vida
fim.
fim da linha,
fim da tua
finda minha,
finda vida.

Henrique Rímoli

domingo, 5 de dezembro de 2010

c_ompl_ete

eu também não consigo completar mais nada,
talvez eu precise me completar primeiro
pra querer que algo se complete comigo.

Henrique Rímoli

sábado, 4 de dezembro de 2010

é culpa?

olhou pro lado e percebeu que ali ela não está,

ela não ocupa mais aquele lado da cama

agora aquele lugar é vago,

culpa das taças de vinho

das farras vividas,

dos telefonemas que ele não deu,

das noites em que ali ele também não dormiu,

daquele perfume impregnado no colarinho,

das mentiras que vieram a tona.

- É culpa de quem?

ele indaga o travesseiro que não respondia nada.

-É minha culpa?É?me diz!

Dizia como se o travesseiro fosse ela

-e você? e as inúmeras vezes que você saia com as amigas?

e eu ficava aqui, o que me diz?

o desespero fez ele dialogar com algo que não se comunicava

- fala alguma coisa.

e nada.

-A culpa é sua!

Deu o ultimo grito se levantou foi até a cozinha tomou um café um remédio pra dor de cabeça e foi pra sala, deitou-se no sofá ligou a TV e deixou no mute, ele só queria adormecer de novo

acordar e perceber que tudo isso foi um sonho.

de repente um barulho e a porta se abre.

-oi

disse ela olhando pro chão, ele se levantou na hora e tentou parecer bem

-oi, não esperava que viesse aqui, eu não fiz nem café ainda espera que vou passar um café pra gente

- eu não quero, só vim pegar umas coisas,

- tudo bem.

ele foi pra cozinha e ela pro quarto, cada um no seu silêncio, cada um tentando agir naturalmente.

ele claramente mais abalado, ela um ar como se não se importasse com nada.

-É culpa de quem?hein?é minha culpa?

e você? e as inúmeras vezes que você saia com as amigas?

e eu ficava aqui, o que me diz?

eu sempre fiz tudo pra você e é assim que você age comigo?

me desculpa? eu ainda te amo, não consigo ficar sem você,

me desculpa eu prometo que será diferente,

que a gente vai ser feliz, eu juro.

ele pensou em dizer tudo isso, mas as palavras não saiam de sua boca.

-bom eu ja vou indo

-espera eu faço um chá pra você, ainda tem o seu preferido,

-desculpa, mas tem alguém me esperando la fora,

-então quer dizer que...

-não quer dizer nada, é a Ana aquela minha amiga

-a gente pode marcar pra conversar?

-eu não tenho mais nada pra falar com você

ele respirou olhou nos olhos dela criou coragem e disse

-eu te amo

ela olhou pra ele respirou fundo segurou as lágrimas que queriam cair e respondeu

-ainda tem umas coisas minhas aqui depois eu venho buscar, ou mando alguém vir pegar.

-não, espera um pouco

-pra que? eu te esperei muito tempo e não serviu de nada

-eu tenho um presente

-vai rápido.

ele largou a caneca em cima da tv e saiu correndo pro quarto, voltou na mesma velocidade que foi trazendo nas mãos uma carta, ele entregou a carta olhou nos olhos dela e não disse nada,

ela por sua vez retribuiu o olhar e disse:

-obrigado, mas eu não posso aceitar.

-leva e lê quando quiser e se quiser, mas leva.

ela colocou a carta na bolsa e foi embora, ele na porta observou ela descendo as escadas, depois voltou pra cama deitou olhou pro lado puxou o travesseiro dela e disse bem baixinho

-é minha culpa.


Henrique Rímoli

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

rio

sabe aquela nascente de agua
fina, delicada, rasa,
você vai acompanhando
e vê que ao longo do caminho
aquela corrente de agua
vai tomando uma proporção maior,
ganha corpo de rio,
ganha cheiro de rio,
e você acompanha mais e mais,
e a correnteza aumenta
o rio fica mais largo,
e quando você pensa
que não da pra crescer mais
o rio desagua num mar,
e você que aquilo era só o começo.


Henrique Rímoli

domingo, 28 de novembro de 2010

trecho do roteiro.

A: o que você tem?

E: o que eu não tenho na verdade.

A: eu já te expliquei

E: ta só que eu, eu quero ficar com você

A: porque isso agora? Se fosse antes, mas agora eu

E: tudo bem.

A: eu gosto de você mas...

E: mas ai ele apareceu e mudou sua vida (irônico)

A: não. É diferente

E: na verdade é tudo igual, com pessoas diferentes, mas é tudo igual, vocês devem se chamar de amor igual a gente se chamava.

A: eu só chamei uma pessoa de amor.


Henrique Rímoli

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

amanhã

hoje me deu vontade de escrever mas sem querer rimar,
sabe aquele desabafo? aquela vontade de expurgar tudo de dentro?
aquela necessidade de falar de você na 3ª pessoa
só pra ter um ponto de vista olhando de fora,
eu to bem, não que você tenha perguntado, mas é que quando as pessoas começam a falar assim
geralmente não estão muito bem, e tentam passar uma imagem de que estão super felizes,
é eu não estou super feliz ainda, mas eu to bem, eu aceito as coisas como elas são e isso me deixa bem, e só.
eu quero acordar amanhã e levantar com o pé direito, amanhã é um dia importante,
aquela mascara que por um acaso é a menor do mundo, a mascara do palhaço, aquela que despi você por completo sabe? aquela mascara amanhã vai ser meu mote, meu habitat, amanhã eu entro num universo feito pra poucos, nem todo mundo consegue viver essa intensidade de maneira simples, não to dizendo que eu sou um privilegiado, uma pessoa melhor que as outras, mas eu respeito a mascara acima de tudo, e amanhã eu vou olhar no espelho e agradecer pra quem quer que seja por mais uma oportunidade de vivenciar o palhaço,
amanhã eu vou dizer hoje eu sou palhaço.

Henrique Rímoli

terça-feira, 23 de novembro de 2010

abraço aperto pele

parece um Déjà vu,
eu você
as pessoas em volta
e nada nos importa,
nossos olhos
se fixam
se encaram
se aceitam,
nossos corpos num sinal claro
de querencia múltipla,
nossas mentes confusas
não param de pensar,
mão
braço
abraço
aperto
lábios
peito
pele.
um turbilhão de nós em nós,
uma reação em cadeia que nos acelera
o tempo passa e não espera,
se a gente deixa passar
ja era,
e se foi
se foi pra não mais voltar.

Henrique Rímoli

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

vai desabar.

vai desabar.
desaba o querer
desagua o findar
desaba sem eu querer
o que eu queria não dá,
vai desabar.
sem que eu perceba
essa onda chega
quebra
arrebenta
tudo o que há,
vai, vai desabar tudo.
desagua esse cantar quase mudo
desaba e faz surgir no escuro
ondas nos olhos fechados,
vai desabar, ja desabou.
levou e lavou com a onda
desaguou sem me dar noticia
retirou toda minha crença
acabou com a esperança.
desabou.

Henrique Rímoli

domingo, 21 de novembro de 2010

(en)contrai

quando o encontro se repeli
fica na lembrança o contato da pele
dos dois corpos juntos
emanando o calor da paixão,
quando o encontro se ausenta
mesmo que a gente queira
falhamos pra nos encontrar,
é tanta contramão
tanta contra-versão
tanta tentativa
e encontro se distrai,
mas você me atrai
meu músculo involuntário se contrai
e você vai,
segue sem me encontrar
volta querendo me amar
duvida do meu querer
e quer sem saber porque.

Henrique Rímoli




efeito esférico

a tristeza uma hora acaba,
mas acaba pra recomeçar.

Henrique Rímoli

sábado, 20 de novembro de 2010

quero querer

de tanto querer o querer
acabei querendo incontrolavelmente,
acabei acreditando em mim,
acreditei que queria
e agora quero acreditar que esse querer
é o querer exato,
exatamente como eu queria não acontece,
mas esse querer também te apetece.

Henrique Rímoli

meia culpa

a culpa é minha,
somente minha e da minha indecisão,
que decidiu se decidir
quando ja não cabia mais uma posição,
a culpa é minha em protelar
e arrastar até chegar num ponto
onde a escolha não é mais minha,
e o fim se fez presenciar.
a culpa é minha
em me martirizar
se nem sei ao certo se é certo assim estar,
a culpa é minha
é mea culpa.

Henrique Rímoli

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

abra ço

tem gosto de saudade
abraço bom de lembrar,
ainda é bom quando é dado
e a saudade matada,
da vontade de não largar
e ficar ali naquele emaranhado
de braço dado
tudo embolado,
tem o mesmo gosto de antes
só que agora um sabor degustado,
é abraço afago afobado
de não querer largar.

Henrique Rímoli

sábado, 13 de novembro de 2010

la é doce lar.

eu construí um lugar para chamar de nosso
bem aconchegante pra gente ficar,
la tem tudo que a gente gosta
e o que não quiser você pode tirar,
então é la que eu vou chamar de lar
então é la que a gente vai morar,
la dentro a gente vai ta protegido
do calor e do frio e do que mais que há,
abre a janela se for esquentar
e depois fecha se o tempo fechar,
então é la que a gente vai morar
então é la que eu vou chamar de lar,
nosso quarto o nosso cantinho
que mais parece um ninho pra gente repousar,
ta tudo lindo tudo arrumadinho
só ta esperando a gente ir deitar,
então é la que a gente vai morar
então é la que eu vou chamar de lar.


Henrique Rímoli


traveis avesso

sabe o avesso?
é assim que as coisas acontecem pra mim
um avesso severo,
não da folga
não alivia,
é avesso que parece que vai da volta,
é tropeço que me invade
de dentro pra fora,
é tanto avesso que não melhora,
que uma hora ficar certo mas demora.

Henrique Rímoli

querer

eu preciso me renovar
eu não quero fazer nada do que planejei,
não quero ver quem eu queria,
eu quero querer tudo de novo.

Henrique Rímoli

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

3/4

eu só queria e nada mais,
querer é metade do caminho
se encaminhar pra conseguir
acaba com mais 1/4,
conseguir completa tudo,
e o que vem depois?
o que fazer para manter aquela querência de antes,
disquerer e querer de novo?
ficar querendo mais antes de completar tudo?
não querer depois de ter conquistado
é amargar a derrota da vitória,
vitória que não vai fazer sentido
se não estiver sentindo.

Henrique Rímoli

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

felicito.

expurgado o repúdio impregnado
absorvo o findar já esperado,
proclamo e felicito o meu eu liberto
simplório e solícito de peito aberto,
meu eu sólido, fluido e sublimado
repeli seu desvelo antônimo desvairado.

Henrique Rímoli



vivendo e aprendendo a findar.

Henrique Rímoli

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

despedida desmedida

acho que eu queria modificar o rumo das coisas
por medo de não conseguir mudar,
é bom que tudo tenha acontecido assim,
assim sem mais nem menos
apenas a medida exata,
ou a falta dela.
você me conduziu
e eu me deixei levar,
levar com você,
pra você,
mas hoje a musica parou
e a gente sem se perder no olhar
se soltou,
e a distancia nos atingiu em cheio,
e no meio daquilo tudo
eu suspirei,
fechei os olhos
e quando eu abri você não estava mais ali,
eu sorri meio de canto de boca
e segui cantarolando qualquer canção.


Henrique Rímoli

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

hora tudo, hora nem tanto

entra na minha estrada
e caminha comigo,
hora me faço lento
hora me faço rápido,
tento não andar
lado a lado,
impossível
você está sempre comigo,
imprevisível,
de repente você some
e mais de repente ainda aparece,
na ausência a sinto
se esta perto a ignoro,
não tenho certeza de mim
muito menos de nós,
eu não quero partir
esse laço que há,
não quero fazer esvair
essa sua vontade de mim,
mas também não sei se quero tudo e sem fim.

Henrique Rímoli

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

sabe-se-la

eu não consigo escrever o que estou sentindo
talvez seja porque eu nem saiba o que estou sentindo,
talvez seja porque eu quero sentir e não sinto,
eu não sei.
mas eu queria tanto saber
se é isso o que quero
ou deixo de querer,
seria mais fácil se eu conseguisse escrever sobre,
mas sobre o que escrever se eu nem sei o que é,
se eu quero ou deixo de querer.

Henrique Rímoli




segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sofrer de amor

dizem que o amor é só felicidade
mas pra amar é preciso também ser triste,
como diria jobim
"pra fazer uma com beleza, é preciso um bucado de tristeza",
o amor é quase um samba,
pra amar é preciso sofrer nem que seja de amor.

Henrique Rímoli

domingo, 24 de outubro de 2010

dialogos apaixonados 33 1/3

(trim, trim)
- alô
- oi amor Você ja ta vindo? to te esperando
- eu to quase terminando de me arrumar
-porra sempre assim você demora séculos pra se arrumar
-você sabe que eu gosto de sair bonita
-e você sabe que eu odeio esperar
-mas você não ia passar aqui?
- não a gente marcou de se encontrar aqui
- TA ME CHAMANDO DE MENTIROSA?
- NÃO, VOCÊ QUE TA ME CHAMANDO DE MENTIROSO.
-POIS AGORA EU NÃO VOU.
-ENTÃO QUE FIQUE AI, AQUI EU NÃO PRECISO DE VOCÊ.
-SE VOCÊ NÃO FOR EMBORA DAI AGORA TA TUDO ACABADO.
-SE VOCÊ NÃO VIER TA TUDO ACABADO.
- NÃO ME DEIXE NERVOSA CLAUDIO.
- AGORA DEU PRA ERRAR MEU NOME TAMBÉM, AGORA QUE EU NÃO SAIO DAQUI MESMO.
- MAS VOCÊ SEMPRE SE CHAMOU CLAUDIO, CLAUDIO.
-pera ai, é a luana que ta falando?
-NÃO, AQUI É A PAULA.
- então desculpa foi engano.


Henrique Rímoli


Diálogos apaixonados (sei la que parte ja ta)

- Sabe, eu preciso de um tempo.
- Tempo?
- Então ta! VALENDO, (tic tac,tic tac)
♪ fan ta sia no aaaar ♫
- hunf ¬¬


Henrique Rímoli

faça hora

ora,
as horas passam.
você passa.
nada fica
tudo finda
finca faca
faça,
faça diferente
não permaneça
esqueça do que for,
peço sossego
por favor,
já que é pra ir
também te leve de mim,
um dia se for pra rir
que esse dia seja no fim.

Henrique Rímoli

sábado, 23 de outubro de 2010

naufragando

não da jeito
a cada ponta de esperança
é coração ferido com ponta de lança
é como remar contra todo o mar
num barco furado
inundado de tanto chorar
barco que perde o prumo
que traça outro rumo
barco que não quer navegar
porto que não quer me aceitar
me joga de novo na maré
e se amar é naufragar
sou mais um naufrago
nesse mar que não da pé

Henrique Rímoli

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

morro de amores

foi uma despedida seca, grossa e fria,
sem toque, sem lágrima, sem olhar pra traz,
se afastou como se nem o conhecesse,
como se ele fosse um estranho que acabou de perguntar as horas,
ele em contraponto segurando pra não se desmanchar
e não se inundar em prantos,
ele se contem e esboça um sorriso olhando em volta,
mera fachada, la dentro seu coração arde
como se levasse uma facada,
entre milhares de coisas que passam na sua cabeça,
ele pensou em tudo menos em se mover
e ali ele pensou nos anos que viveram juntos,
aniversários, natal, ano novo, páscoa,
todas as festividades, lembrou de cada passeio,
de cada presente, de cada sorriso,
lembrou da roupa do primeiro encontro,
estático, imóvel, lembrou da ultima viagem
uma tentativa de reascender o relacionamento,
não adiantou,
ele pensou que se não vivesse mais não teria que sofrer por amor,
pensou mas não teve coragem de se mover,
e foi quando terminou o pensamento e o arrependimento de ter pensado em se matar,
ele não sentiu nada, mas foi atingido por um carro,
ele que estava no meio da rua permaneceu nela,
ainda imóvel, estático, morto de amor.

Henrique Rímoli

terça-feira, 19 de outubro de 2010

desencontar-se-a

todo desencontro deveria ser evitado
depois dos olhos cruzados
do passos apressados
sempre lado a lado
o coração acelerado
nada deveria ser contrariado
o encontro deveria ser celebrado
e desencontrar-se é estar errado
ficar junto por estar apaixonado
é regra que não pode ser quebrada.

Henrique Rímoli

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Porta retrato

pela janela somente um sol laranja, nuvens passando lentamente, os pássaros voando de volta pros ninhos, la dentro em cima da mesa papeis espalhados e uma maquina de escrever, os olhos marejados num silencio estático fitam a folha ainda em branco na maquina, ao lado da maquina um porta retrato virado pra mesa, os dedos se desgrudam da mesa tateiam as teclas e iniciam um bailado ritmado pelo som da maquina, em instantes a grande folha em branco começa a ganhar uma cor, pequenas letras vão preenchendo as lacunas uma ao lado da outra, pintando de preto aquele mar em branco, uma história se firma no papel cravada pelas teclas que foram impulsionadas pelos dedos, que se movimentaram pelo comando do cérebro, que agiu ao mando do coração, motivado pelo porta retrato.

Henrique Rímoli

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

infinitar

daquela noite restou o cheiro no meu travesseiro
o gosto forte na lembrança
nosso abraço tenro e traiçoeiro
uma marca de unha no meu peito
tua blusa jogada de canto
nossa aventura tudo foi tão perfeito
nossos corpos sendo um
numa dança de trançar
nossa pele dando zoom
e nosso tato a flor da pele
um emaranhado de eu e você
sem saber onde um começa
e o outro termina
formando um infinito
sem começo meio ou fim
eu em você
você em mim.

Henrique Rímoli

ir

eu quero me entregar
sem ter porque,
fechar os olhos
e não mais pensar
no que devo fazer,
tentar não pensar
no passado
e passar o pensado,
ir sem querer voltar
largar pra não mais querer
sorrir pra não mais chorar.

Henrique Rímoli

ciume

eu me contorço
me mordo
me mato
não durmo
viro e reviro
levanto
deito
minha cabeça não para
meus pensamentos vão além
uma resposta não dada
e abre as portas prum mundo de questionamentos
eu não quero estar neste estado
quero progredir
e ficar relaxado
sem pensar no mais
só viver o que tiver pra viver
sem me preocupar

Henrique Rímoli

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ex tado!

eu ja me perdi
e ja que to sem rumo
sem lugar pra ir
quero me aprumar em ti
quero ser teu guia
tua rosa dos ventos
sem muita agonia
só a favor dos sentimentos
eu nem tenho mais escolha
meu coração ja te escolheu
bem melhor você e eu
traçando nossa historia
agora nosso traçado
que ja foi errado
ta se acertando
se aperfeiçoando
pouco a pouco
lado a lado
sem pressa
só degustando estar nesse estado.

Henrique Rímoli

domingo, 3 de outubro de 2010

juntos outra vez

"eu você somos como agua e sal
seja para o bem ou mal
juntos outra vez"

Cinco a Seco

sábado, 2 de outubro de 2010

embora

se você for deixar pra la
diz que é melhor nem recordar
eu estou de acordo
e concordo com o que vier
tento afastar
tudo que não vá somar
e o que for prejudicar
eu levo embora
agora .

Henrique Rímoli

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

passarinho

olhou nos olhos dela
e com um pesar imenso
se despediu,
sabia que ali deixara
uma vontade
um destino
um amor,
ganhou uma saudade
ganhou uma perda
uma falta
deixou nos olhos lágrimas
e no abraço dado
um ultimo suspiro junto,
partiu sem querer
e se viu livre
pra poder buscar
mas querendo estar preso
pra não poder voar,
quis voltar pro ninho
mas agora ele não esta mais vazio
foi ocupado por outro passarinho,
mas ele tinha que ter partido
e acabou partindo
o coração.

Henrique Rímoli

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

nesse lar

limpe os pés e entre,
agora tudo está vazio
mas antes aqui habitava o amor
era simples e singelo
um amor recíproco
mas que durou
não foi muito nem pouco
só durou,
e perdura ainda
entre as poeiras
os montes de sucatas,
e as cascatas que derramei
num pranto desenfreado
agora umedecem o ar
deixando tudo mais frio
e menos aconchegante,
mas não temas
me ajude abrir essa janela
assim o sol entra
e revela a beleza
que ainda reside
nesse lar.


Henrique Rímoli

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pô mba

vai pombinha voe
eu te joguei pro alto agora voe
não vá ficar voltando
eu ja mandei meu recado
agora siga seu caminho
não olhe pro lado
nem volte de vagarinho
ê pomba não entende que te enganas?
ja não tenho mais milho pra você
va procurar outro alguem
que te de o que comer.

Henrique Rímoli

domingo, 26 de setembro de 2010

só lo

é
as querências se modificam,
se amplificam,
ficam ou não fincam,
eu me modifico
e o querer ja não me apetece
ai ja não sei o que acontece
se buscar outro querer é a saída
ou continuar sozinho na vida
hoje sou solo
uma unidade
um
eu
e só.


Henrique Rímoli

domingo, 19 de setembro de 2010

Nada

era pra ser só um encontro casual
coisa simples nada de mal
mas um encontro nunca é apenas um encontro
onde as pessoas se encontram e pronto
o tempo correu e a gente ficou
ou será que a gente correu e o tempo parou?
num dia branco
com flores rosas ou roxas ou violetas
droga não sei distinguir as cores,
o tempo foi o menos importante
e em meio a tantas pessoas
de historias diferentes
de andares diferentes
posturas diferentes,
com pombos vindo ao mesmo tempo
para degustar seu almoço,
me lembrei de um tempo
que eu não precisava
tentar ser feliz
eu estava sendo sem buscar nada
e é sem buscar nada
que acabo ganhando
ganho partindo na contradição
parto um pouco contraditório
com vontade de não ir
mas na certeza que eu fiquei.

Don Rico Rímoli




sábado, 18 de setembro de 2010

toc toc . quem bate? é o frio!

é frio
frio la fora frio aqui dentro
frio na barriga do que não conheço
do que conheço
do que quero mesmo sem saber,
é frio que me faz bater os dentes,
me faz tremer os joelhos
congelar os dedos,
me faz gaguejar
e perder levemente os sentidos
só por estar sentindo,
o frio
toma conta de mim,
vem pelo centro e alcança os extremos,
eu tremo
e temo
que esse frio não acabe.


Henrique Rímoli