terça-feira, 12 de outubro de 2010

Porta retrato

pela janela somente um sol laranja, nuvens passando lentamente, os pássaros voando de volta pros ninhos, la dentro em cima da mesa papeis espalhados e uma maquina de escrever, os olhos marejados num silencio estático fitam a folha ainda em branco na maquina, ao lado da maquina um porta retrato virado pra mesa, os dedos se desgrudam da mesa tateiam as teclas e iniciam um bailado ritmado pelo som da maquina, em instantes a grande folha em branco começa a ganhar uma cor, pequenas letras vão preenchendo as lacunas uma ao lado da outra, pintando de preto aquele mar em branco, uma história se firma no papel cravada pelas teclas que foram impulsionadas pelos dedos, que se movimentaram pelo comando do cérebro, que agiu ao mando do coração, motivado pelo porta retrato.

Henrique Rímoli

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