quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

na saída

ele fechou a porta de casa e suspirou, sabia que não tinha volta, não tinha jeito,
ali naquele fechar de porta morria tudo.
ele pegou sua mala com uma mão, e na outra segurou firme o corrimão, segurou como se nunca mais fosse voltar ali, um olhar de despedida se fez para tudo que continha no caminho até a porta de saida, plantas, portas, quadros, campainhas, janelas tudo era visto e revisto,
como se ele quisesse memorizar todo aquele lugar, sua mala parecia cada vez mais pesada,
suam mente cada vez mais bagunçada, seu peito cada vez mais dolorido.
não era bom nem alegre estar saindo por esse motivo,
não era saudavel, mas tinha que ser concluído, quando as palavras são atiradas para fora,
ou se cumpre a risca ou se arrisca em querer se contradizer,
ele preferiu cumprir a risca e agora se arrisca em outro lar ter que viver.

Henrique Rímoli

Um comentário:

  1. e mesmo depois de esquadrinhar cada traço daquele caminho,ainda assim sentia que perdia por entre as linhas o que mais se fazia de importante.
    e resolveu,pra confortar,que iria carregar em si a risca do que contradizer significaria.

    ResponderExcluir